Boris Martinovich


Boris MartinovichEnquanto bolseiro da Julliard School of Music de Nova Iorque, o jovem croata Boris Martinovich estreou-se na Sala Avery Fischer, na mesma cidade, no Lincoln Center, em Cecilia de Refice com Renata Scotto. A sua prestação valeu-lhe a crítica de Bill Zakariasen que escreveu no New York Daily News: "Boris Martinovich é um barítono de 21 anos com um potencial prodigioso”.
Martinovich eclodiu na cena internacional em 1977 quando, enquanto finalista regional da Metropolitan Opera, foi convidado por Gian Carlo Menotti a interpretar Spoleto da produção americana da Rainha de Espadas de Tchaikovski, contracenando com Magda Olivero; e para a nova produção de Menotti The Consul que foi televisionada.
Pouco tempo depois estreou-se no Carnegie Hall, passando a fazer parte do elenco das grandes casas de ópera dos Estados Unidos, nomeadamente em São Francisco, Cincinatti, Nova Iorque e Baltimore, entre muitas outras cidades que aplaudiram as suas prestações.
Em 1981 foi convidado a estrear-se na Europa como Spoleto. Rapidamente tornou-se convidado de prestigiados teatros italianos, tais como os teatros de Parma (Semiramide, Romeo et Juliette, Lucia di Lammermoor), Pesaro (Mose, Tancredi), Trieste, Roma e Nápoles. Realizou ainda uma digressão com recitais na Croácia.
No mesmo ano cantou Mose em Pesaro e fez a sua estreia em Milão no Piccola Scala em Il Convitato di Pietra. Estrou-se também na Ópera de Paris como  Colline e Pharaon, com Samuel Ramey e Shirley Verrett.

Entre as suas inúmeras prestações em palco, refira-se o papel de Conde de As Bodas de Fígaro em Nantes. Em 1990/91 apresentou-se na Ópera Estatal de Viena no papel de Escamillo da ópera Carmen, sob direcção do maestro Claudio Abbado, e na produção de Don Giovanni, encenada por Richard Foreman e dirigida por Casadesus.
Em Setembro de 1991, Boris Martinovich tornou-se solista residente da Ópera de Zurique onde interpretou os papéis de Onegin, Mustafa, e Sharpless. Para além disso cantou o Requiem de Verdi em Lisboa, o Requiem de Mozart em Lille, e a Maddalena de Prokofiev, em Paris. Realizou ainda uma digressão pelo Japão com o Requiem de Verdi e Madame Butterfly, no papel de Sharpless.
Depois de uma estreia espetacular em Santiago, como Atilla, em Outubro de 1992, foi imediatamente convidado a apresentar-se ali, desta feita na ópera Carmen nos anos de 93 e 94.
Boris Martinovich realizou duas importantes estreias na Ópera de Berlim e na Ópera da Bastilha na ópera Alceste de Gluck.
Gravou diversos CD’s. As suas gravações de Príncipe Igor e A vida do Czar, sob a chancela da Sony Classical, com a Orquestra Festival de Sofia, sob a direcção de Emil Tchakarov, foram altamente aclamadas pela crítica. A primeira delas foi galardoada com o  Grand Prix Academie Charles Cros.
Gravou Il Guarany para a Sony Classical, com Placido Domingo, com direcção de John Nesching. Tem também disponíveis gravações e um DVD da cantata Clovis at Clotilde , com Montserrat Caballe, bem como o CD Les Huguentos, ambas para a Erato.
O seu CD de Don Giovanni recebeu o Prémio Gabriel Dussurgt-Orphee.

Pontos altos da temporada 94/95 incluem a sua estreia no Teatro Colon de Buenos Aires como Escamillo de Carmen, com direcção do maestro Antoni Ros-Marbaat; Don Giovanni na Ópera Vlaamse, em Antuérpia em Ghent; a estreia no Teatro Alla Scala com Os contos de Hoffmann; um concerto em Paris com Songs and Dances de Mussorsky com a Orquestra Nacional e a Messa di Gloria de Rossini na Musikverein de Viena.
Em 1996 abriu a sua temporada na Ópera de  Washington em Il Guarany com Placido Domingo e estreou-se no Teatro Carlo Felice de Génova com Os Contos de Hoffmann, tendo cantado posteriormente os papéis de Lindorf, Coppelius, Dapertuto e Docteur Miracle.

Em 1997 cantou numa gala com Placido Domingo e Svetla Vassileva, em Split, na Croácia, para mais de 50.000 pessoas. Aqui foi, para além de solista, director artístico. No mesmo ano estreou-se como Amonastro  de Aida e realizou o seu tradicional Concerto de Aniversário na Casa de Mateus, em Portugal, com Lelia Cuberli.
Em Dezembro cantou Romeu e Julieta na abertura da temporada do Teatro Massimo de Palermo, e em Janeiro de 1998 cantou Arnoldo da ópera Adelia de Donizetti, ao lado de Maria Devia. O CD desta produção foi editado pela BMG.

Realizou uma nova gravação de Don Giovanni com a Orquestra da Suíça Italiana sob a direcção do maestro Alain Lombard para a editora Forlane. A gravação conquistou o Prémio Gabriel Dussurgt-Orphee D'or.
Na temporada 97/98 participou num concerto de beneficência na Sala Alice Tully, no Lincoln Center, com Denyce Graves, com quem cantou inúmeras vezes na Europa, em várias produções da ópera Carmen.
Também em Carmen, cantou com Agnes Baltza em Mannheim, repetindo a parceria na Ópera Estatal da Baviera, em  Munique, e em São Paulo, no Brasil.
Em 1999 cantou em Lucia di Lammermoor em Telavive e em  Dusseldorf. Volta a Telavive em 2000 para uma espetacular produção de Turandot.

Em 2003 realizou uma digressão de recitais com Goran Filipec da qual resultou a gravação de um CD. Participou numa nova produção de Don Giovanni de Pier Luigi Pizzi em Sevilha, Veneza, Croácia e Portugal.
No mesmo ano cantou numa nova produção da ópera Carmen, na Ópera Split, na Croácia. Em 2004 cantou em Lucia di Lammermoor em Toulon, e numa nova produção de Don Giovanni em Santiago de Chile, Brasil e em Zagreb; na Croácia em 2004-2005.
Em 2006 participa numa nova produção de Carmen, e em 2007 em Ivan Suzanjin.
Participou nos filmes Sisters e Caruso do escritor, produtor e realizador Lordan Zafranovic. Foi papel principal na estreia do musical  Marco Polo.

Margarita Guerra


Margarita GuerraIniciou os estudos musicais aos seis anos. No Conservatório Superior de Música de Madrid foi aluna de Julia Parodi, Federico Sopeña, G. Gambau, Moreno Bascuñana, etc.
Desde muito nova alternou os estudou musicais com os de dança, disciplina que lecionou durante quinze anos em diferentes instituições.
Dedica-se, desde 1962, à pedagogia musical na cidade de Pontevedra. Concomitantemente criou vários coros infantis e juvenis com os quais participou em concursos de polifonia. Foi profesora de Música de Ensino Secundário na mesma cidade e leccionou inúmeros cursos de Pedagogia Musical e Técnica Vocal Coral.
Em 1977 fundou em Pontevedra o Coro de Câmara “Ars Musicae”. Desde 1986 dirige o Coro do Liceo-Casino de Vilagarcía de Arousa. Dirigiu também o Coro Universitário de Santiago de Compostela.
Com vista a especializar-se na direcção de coros frequentou, tanto em Espanha como no estrangeiro, cursos de interpretação, técnica vocal, direcção coral e análise musicológica. Nas várias formações foi aluna de Alberto Blancaflor, Martín Porras, Philippe Herreweghe, Níger Roger, Montserrat Figueras, Jordi Savall, Samuel Rubio, Mark Browm, Oriol Martorell, Esperanza Abad, Marius van Altena e Helena Lazarska.
Actuou como solista em Castanholas com a Orquestra do Norte, sob a direcção de José Ferreira Lobo, em Portugal, França e Polónia, e com a Orquestra Sinfónica de Melide com Fernando Vázquez Arias, em diferentes cidades de Espanha.
Em 2006, inserido nas comemorações do vigésimo quinto aniversário de Coro Liceo-Casino de Vilagarcía de Arousa, dirigiu e produziu a zarzuela “La Gran Vía”.
Produziu em 2009 a zarzuela Agua, azucarillos y aguardiente, com a participação do Coro Liceo de Vilagarcía e da Banda de Música Municipal de Vilagarcía, dirigida por Jesús Nogueira.

Maestro José Ferreira Lobo


Maestro José Ferreira LoboJosé Ferreira Lobo iniciou a sua actividade profissional em 1979 como Maestro Director da Camerata do Porto, orquestra de câmara que fundou com Madalena Sá e Costa.

Com a colaboração de solistas prestigiados internacionalmente, apresentou-se em inúmeros concertos, no país e no estrangeiro. Em 1992, funda a Associação Norte Cultural, sendo o seu projecto o vencedor do primeiro Concurso para criação de Orquestras Regionais, instituído pelo estado português. Neste contexto, cria a Orquestra do Norte, de que é o seu Maestro Titular e Director Artístico.

Colaborou com artistas consagrados internacionalmente como Krisztof Penderecki, José Carreras, Júlia Hamari, Regis Pasquier, Katia Ricciarelli, Patrícia Kopatchinskaya, Michel Lethiec, Eteri Lamoris, António Rosado, Dame Moura Linpany, Svetla Vassileva, José de Oliveira Lopes, Vincenso Bello e Fiorenza Cossotto.

Da sua carreira internacional destaca-se a direcção de ópera e concerto na África do Sul, no Brasil, na Alemanha, China, Coreia do Sul, no Chipre, em Espanha, nos Estados Unidos da América, no Egipto, em França, na Holanda, Inglaterra, República Checa, Eslováquia, Lituânia, Itália, Letónia, no México, na Polónia, Roménia, Rússia, Suíça, Turquia, Colômbia e na Venezuela, colaborando com orquestras de renome como Manchester Camerata, Orquestra Sinfónica Nacional da Lituânia, Orquestra de Cannes, Orquestra Sinfónica da Galiza, Orquestra Sinfónica de Izmir, Orquestra Filarmónica Checa, Orquestra Sinfónica de Istambul, Orquestra CRR de Istambul, Orquestra da Rádio Televisão de Pequim, Orquestra Sinfónica do Teatro Nacional Cláudio Santoro, Orquestra da Rádio Nacional de Holanda, Orquestra Sinfónica do Estado do México, Orquestra Sinfónica da Universidade de Nuevo Leon, Filarmónica Artur Rubinstein - Lodz, Orquestra Hermitage de St. Petersburg, Orquestra Sinfónica de Zurique – Tonalle, Sinfonieta Eslovaca, Sinfonia Varsóvia, Orquestra Filarmónica de Montevideo, Orquestra Nacional de Atenas e com os Seoul Classical Players.

José Ferreira Lobo apresentou-se em algumas das mais importantes salas de espectáculo do mundo, nomeadamente na Filarmonia de Munique, Tonhale de Zurique, Ópera Nacional do Cairo, no Centro Cultural de Hong Kong, Centro Cultural de Pequim, Teatro Solis de Montevideo, Teatro Cláudio Santoro de Brasília, Teatro Teresa Carreño de Caracas, na Filarmonia de Vilnius, na sala Smétana de Praga e no Hermitage de São Petersburgo. Interpretou ainda música sacra nas igrejas da Madelaine, em Paris, Catedral de Catânia (Festival Bellini) e Orsanmichele, em Florença.

É regularmente convidado a integrar mesas de júri de prestigiados Concursos Internacionais. Dirigiu estreias mundiais de compositores franceses, portugueses, suíços e turcos.

Possui um amplo repertório que abrange o clássico e o romântico, passando por trabalhos contemporâneos e trinta títulos de ópera.
Gravou para a Rádio Televisão e Rádio Difusão Portuguesas e Rádio Suisse – Romande. Com a Orquestra do Norte gravou nove CD’s.

Orquestra do Norte


Orquestra do NorteA Orquestra do Norte concretiza, desde 1992, o projecto de descentralização da cultura musical, apresentado pela Associação Norte Cultural, vencedora do primeiro concurso nacional para a criação de orquestras regionais, instituído pelo Estado Português nesse mesmo ano.
Com a titularidade de José Ferreira Lobo, a ON foi iniciadora de um trabalho verdadeiramente pioneiro e inédito, tendo-se afirmado no panorama da música erudita, sendo hoje uma instituição reconhecida nacional e internacionalmente.
Os objectivos básicos pelos quais sempre se pautou a actividade da Orquestra do Norte passam pela criação de novos públicos, pelo apoio à música e aos músicos portugueses e pela constante renovação do repertório. Vinte anos depois, estes critérios continuam a ser fundamentais para a instituição.
Agente de transformações na gestão cultural do nosso País e criadora de um novo paradigma musical, desenvolve uma intensa actividade com temporadas regulares de norte a sul do país. Realizou mais de 3.000 espectáculos em mais de uma centena de diferentes lugares. A ON apresentou-se ainda em Espanha, França e Alemanha.
Consciente da importância que representam o aumento e a diversificação da oferta artística qualificada no desenvolvimento cultural da população, no alargamento de públicos e na formação do gosto, a Orquestra do Norte apresentou as obras mais representativas dos grandes compositores da história da música. Servindo o grande repertório orquestral, desde o barroco até ao presente, dá especial atenção à difusão da música portuguesa. João de Sousa-Carvalho, Luís de Freitas Branco, Francisco Lacerda, Corrêa de Oliveira e Joly Braga Santos foram alguns dos compositores portugueses abordados.
Os espectáculos da ON incluem concertos sinfónicos, didáctico-pedagógicos, ópera, música de bailado e de câmara. Para além da música erudita, tem abarcado outros géneros musicais, como é o caso do Jazz e música ligeira.
A programação da Orquestra do Norte abriu-se a um repertório mais amplo e variado no qual, juntamente com as partituras básicas do repertório sinfónico ocidental, abundam primeiras audições, tanto de música de recente criação, como partituras recuperadas do passado histórico-musical. Com isto, a ON prossegue e intensifica a sua vontade de atender à música dos nossos dias, apresentando obras de compositores como Krzysztof Penderecki, Kristoff Maratka, Karl Fiorini, Alexandre Delgado, Filipe Pires, Nuno Côrte-real, Miguel Faria, José Firmino de Morais Soares, Joaquim dos Santos, Marc-André Rappaz, Emile Ceunink e François-Xavier Delacoste.
Sedeada na cidade de Amarante, a Orquestra do Norte integra profissionais de reconhecido mérito e tem, habitualmente, a colaboração de prestigiados maestros, solistas e coros nacionais e estrangeiros. Dos conceituados directores de orquestra que subiram ao pódio da ON referimos Juozas Domarkas, Krzysztof Penderecki, Federico Garcia Vigil, Álvaro Cassuto e Rengim Gokmen.
Alguns dos mais destacados solistas vocais e instrumentais portugueses e estrangeiros actuaram nos concertos da ON: entre muitos nomes destacamos António Rosado, Eva Maria Zuk, Avri Levitan, Patricia Kopatchinskaja, Kirill Troussov, Michel Lethiec, Robert Kabara, Placido Domingo, José Carreras, Ileana Cotrubas, Julia Hamari, Fiorenza Cossoto e Svetla Vassileva.
Para além da participação regular do seu próprio coro – ensamble de elevado nível musical - a Orquestra do Norte colaborou ainda, entre outros, com o Coro Nacional de São Carlos, Orfeão de Pamplona e com o Coro de Nuremberga.
A assistência da ON ronda os cinquenta mil espectadores / ano, o que revela a sua capacidade de resposta aos diferentes tipos de público e o especial cuidado com a formação dos jovens, através dos concertos pedagógicos que são orientados e executados numa perspectiva didáctica.

ELENCO ON
MaestroTitular e Director Artístico
José Ferreira Lobo

I Violinos
Emanuel Salvador
Rómulo Assis 
Eduardo Rey
Ognyan Vasilev
Richard Downs
Natalia Konik
Miksa Iranyossy-Knoblauch

II Violinos
Alison Wyatt
Mark Heredi
Marcin Sobieraj
Malgorzata Szymanska
Pilar Serrano

Violas
Liliana Fernandes
Laura Blazyte
Ana Ivanova
Bogoslav Andrev
Maryia Sotirova

Violoncelos
Teresa Lli
Marta Ramos
Anna Szczygiel
Rosaliya Rashkova
Elvira Serrano

Contrabaixos
Nelson Fernandes
Rui Leal

Harpa
Emanuela Nicoli

Flautas
Kayoko Minamino
Agnes Abel

Oboés
Russell Tyler
Daniel Bernardino

Clarinetes
Nuno Madureira
Cátia Rocha
Fagotes
Joaquim Teixeira
Adam Odoj

Trompas
Rebecca Holsinger
Mário Reis
Roberto Sousa
Nelson Silva

Trompetes
Aki Matsugi
Flávio Silva

Trombones
Marco Rascão
José Pereira
Jorge Freitas

Tímpanos e Percussão
Kazuko Osada
Malgorzata Matusewcz
Vítor Brandão